As diferentes cosmovisões, por Thiago Velozo Titillo

08/01/2014 15:57

FACULDADE DE TEOLOGIA WITTENBERG

As diferentes cosmovisões

Thiago Velozo Titillo

 

Definição

 

            A palavra cosmovisão faz referência à forma de enxergar o mundo. A palavra grega κόσμος (kosmos) significa “mundo”. Assim, cosmovisão significa literalmente “visão de mundo”. Geisler e Bocchino explicam o que é cosmovisão:

 

Já dissemos que a cosmovisão é análoga à lente intelectual através da qual as pessoas veem a realidade e que a cor da lente é um fato fortemente determinante que contribui para o que elas creem acerca do mundo. Além disso, cosmovisão é um sistema filosófico que procura explicar como os fatos da realidade se relacionam e se ajustam um ao outro. Uma vez reunidos os componentes da lente, ela focalizará o plano geral da realidade que dá a estrutura na qual as partes menores da vida se harmonizam. Em outras palavras, a cosmovisão dá forma ou colore o modo que pensamos e fornece a condição interpretativa para entender e explicar os fatos de nossa experiência.[1]

 

            Desta forma, as cosmovisões são importantes porque determinam a nossa maneira de enxergar a realidade. Uma visão distorcida compromete o comportamento do indivíduo, trazendo consequências, muitas vezes, irreparáveis. Adolf Hitler buscou apoio popular para sua visão [distorcida] da realidade. A citação abaixo mostra como uma “lente embaçada” é perigosa:

 

O mais forte deve dominar, não se igualar ao mais fraco, o que significaria o sacrifício de sua própria natureza superior. Somente o indivíduo que é fraco de nascimento pode entender este princípio como cruel. E, se faz isso, é meramente porque é de natureza mais fraca e de mente mais obtusa, pois se essa lei não direcionasse o processo de evolução, o desenvolvimento superior da vida orgânica não seria concebível de forma alguma [...] Se a Natureza não deseja que os indivíduos mais fracos se igualem aos mais fortes, deseja ainda menos que uma raça superior se misture com uma inferior, porque nesse caso todos os seus esforços, ao longo de centena de milhares de anos, para estabelecer um estágio evolutivo mais alto do ser, podem-se traduzir em inutilidade (Mein kampf [Minha luta]).[2]

 

            Sua cosmovisão o levou às atrocidades que cometeu em Auschwitz, onde mulheres grávidas e crianças pequenas foram torturadas até a morte. Hitler foi coerente com sua visão de mundo, esta, porém, era uma visão pervertida da realidade.

 

As cosmovisões

 

            Existem cerca de oito cosmovisões diferentes. Geisler entende que são sete,[3] pois inclui o henoteísmo como um subproduto da cosmovisão politeísta.[4] Todavia, analisaremos essas duas cosmovisões separadamente. Cada cosmovisão sustenta uma visão de mundo diferente, tendo premissas básicas opostas entre si, de maneira que, com exceção do panteísmo/politeísmo, as demais cosmovisões são irreconciliáveis.[5] Geisler conclui: “Logicamente, somente uma destas cosmovisões pode ser verdadeira; e as outras precisam ser necessariamente ser falsas”.[6] Eis as oito cosmovisões que serão estudadas a seguir: Teísmo, Ateísmo, Panteísmo, Panenteísmo, Deísmo, Deísmo Finito, Politeísmo e Henoteísmo.

 

1. Teísmo

 

            O teísmo crê na existência de um Deus infinito e pessoal, que está além do universo físico, sendo o criador e o sustentador de tudo o que existe.

 

Os teístas estão convencidos de que o universo teve uma Causa Primeira sobrenatural infinitamente poderosa e inteligente, um Deus infinito que está além do universo e nele se manifesta. Esse Deus é o Deus pessoal, separado do mundo, que criou o universo e o sustém. Os teístas creem que Deus pode agir no universo de maneira sobrenatural.[7]

 

            Nas palavras de Geisler, este “Deus está tanto ‘lá fora’ como ‘aqui dentro’, pois Ele é transcendente e imanente”.[8] É isso que Deus diz ao profeta na Bíblia: “Acaso, sou Deus apenas de perto, diz o SENHOR, e não também de longe?” (Jr 23.23).

            As três religiões tradicionais – judaísmo, cristianismo e islamismo – representam a cosmovisão teísta.

            Geisler e Bocchinho dão um quadro útil dos principais fundamentos do teísmo:[9]

 

· DEUS – É um só, pessoal, moral, infinito em todos os seus atributos.

· UNIVERSO – É finito, criado pelo Deus infinito.

· HUMANIDADE (origem) – Somos imortais, criados e sustentados por Deus.

  · HUMANIDADE (destino) – Por escolha seremos eternamente separados de Deus ou viveremos eternamente com ele.

  · MAL (origem) – É a privação ou imperfeição causada pela escolha.

  · MAL (destino) – Será finalmente derrotado por Deus.

  · ÉTICA (base) – Os princípios éticos se baseiam na natureza de Deus.

  · ÉTICA (natureza) – Os princípios éticos são absolutos, objetivos e prescritivos.

 

2. Ateísmo

 

            Concepção segundo a qual o universo físico é tudo que existe, sendo autossustentado. Mais uma vez, o quadro apresentado por Geisler e Bocchino pode ser útil:[10]

 

· DEUS – Não existe. Existe somente o universo.

· UNIVERSO – É eterno; ou casualmente veio a ser.

· HUMANIDADE (origem) – Evoluímos, somos compostos de moléculas e não somos imortais.

· HUMANIDADE (destino) – Não temos nenhum destino eterno e seremos aniquilados.

· MAL (origem) – É real, causado pela ignorância humana.

· MAL (destino) – pode ser derrotado pelo homem por meio da educação.

· ÉTICA (base) – É criada pela humanidade e fundamentada na própria humanidade.

· ÉTICA (natureza) – É relativa, determinada pela situação.

 

            Os mais conhecidos representantes do ateísmo são Karl Marx, Friedrich Nietzsche, Sigmund Freud e Jean-Paul Sartre. Todavia, a ideia de Deus faz parte da crença universal dos homens de todas as civilizações, inclusive daquelas menos civilizadas. Assim, o ateísmo intelectual[11] não é uma concepção natural, mas adquirida. Berkhof coloca a questão da seguinte forma: “Em vista da semen religionis[12] implantada em todos os seres humanos, pela criação do homem à imagem de Deus, é seguro admitir que ninguém nasce ateu. Em última análise, o ateísmo resulta do estado moral pervertido do homem e do seu desejo de fugir de Deus”.[13] Por isso, “diz o insensato em seu coração: Não há Deus” (Sl 14.1; cf. 10.4b).

 

3. Panteísmo

 

            A Criação e o Criador são duas maneiras diferentes de perceber a mesma realidade. Deus é o universo, e o universo é Deus. A palavra panteísmo é de origem grega: παν (pan [“tudo”]) e θεος (Theos [“Deus”]). “Deus permeia todas as coisas e se encontra em todas elas”.[14] O panteísmo encontra representatividade no hinduísmo, zen budismo, Ciência Cristã, Cientologia, e nas religiões da Nova Era. Abaixo, o quadro dos principais ensinos do panteísmo:

 

  • DEUS – É um, infinito, normalmente impessoal; ele é o universo.
  • UNIVERSO – É uma ilusão, uma manifestação de Deus, o único que é real.
  • HUMANIDADE (origem) – O verdadeiro eu (atmã) do homem é Deus (Brahman).
  • HUMANIDADE (destino) – Nosso destino é determinado pelos ciclos da vida, o carma.
  • MAL (origem) – É uma ilusão causada pelos erros da mente.
  • MAL (destino) – Será absorvido por Deus.
  • ÉTICA (base) – Os princípios éticos se baseiam em manifestações inferiores de Deus.
  • ÉTICA (natureza) – Os princípios éticos são relativos, transcendem a ilusão do bem e do mal.

 

            Antes de apresentarmos as outras cinco cosmovisões restantes, importa fazer algumas observações acerca do teísmo, ateísmo e panteísmo. Geisler observa que o politeísmo dominou o pensamento grego antigo, o teísmo dominou o pensamento cristão medieval, e o ateísmo floresceu no mundo moderno.[15] Em sua Teologia Sistemática, volume I, Geisler contrasta as três cosmovisões:

 

o Panteísmo afirma que Deus é tudo, o Ateísmo alega que não existe Deus algum, e o Teísmo declara que Deus criou tudo. No panteísmo, tudo é mente. De acordo com o ateísmo, tudo é matéria. Só o Teísmo afirma que tanto a mente como a matéria existem. Na verdade, enquanto o ateu acredita que a matéria produziu a mente, o teísta acredita que a Mente (Deus) produziu a matéria.[16]

 

4. Panenteísmo

 

            O panenteísmo afirma que “Deus habita o universo da mesma forma que uma mente habita um corpo; o universo é o ‘corpo de Deus’”.[17] A palavra é formada por três vocábulos gregos: παν (pan [“tudo”]), ἐν (en [“em”]), e θεος (Theos [“Deus”]). Não se deve confundir panteísmo com panenteísmo. O primeiro significa que tudo é Deus, o segundo significa “tudo em Deus”.[18]

            O panenteísmo é conhecido por vários nomes: 1) teologia do processo, pois vê Deus como um ser mutável; 2) teísmo bipolar, pois acredita que Deus tem dois polos;[19] 3) organicismo, pois vê tudo como um grande organismo, e; 4) teísmo neoclássico, porque ao contrário do teísmo clássico, acredita que Deus é finito e temporal.[20]

            Geisler apresenta um quadro das diferenças entre o teísmo e o panenteísmo:[21]

 

Teísmo

Panenteísmo

Deus é o Criador.

Deus é o diretor.

Criação é ex nihilo.

Criação é ex materia.

Deus é soberano sobre o mundo.

Deus está trabalhando com o mundo.

Deus é independente do mundo.

Deus é dependente do mundo.

Deus é imutável.

Deus é mutável.

Deus é absolutamente perfeito.

Deus está se aperfeiçoando.

Deus é monopolar.

Deus é bipolar.

Deus é realmente infinito.

Deus é realmente finito.

 

            Alfred North Whitehead, Charles Hartsborne e Schubert Ogden defendem essa cosmovisão.

 

5. Deísmo

 

            O deísmo sustenta uma visão naturalista do universo, semelhante ao ateísmo, com a diferença fundamental de que enquanto este nega que o mundo teve sua origem em um Criador, aquele afirma que o mundo foi criado por Deus, embora negue a possibilidade de milagres. “Em suma, Deus criou o mundo, mas Ele não mais se envolve com o mundo criado. O Criador deu cordas na criação, como se faz com um relógio, e desde então o mundo segue o seu curso de maneira independente”.[22]

            O deísmo é a antítese do panteísmo. Este nega a transcendência de Deus em favor de sua imanência absoluta. Aquele nega a imanência de Deus em favor da sua transcendência.

Suas crenças básicas são alistadas por Geisler em sua Enciclopédia de apologética, que serão mencionadas de forma resumida:

 

· DEUS – Existe um Deus eterno, imutável, intangível, onisciente, onipresente, benévolo, verdadeiro, justo, invisível, infinito e perfeito.

· UNIVERSO – O universo é a criação de Deus, e opera por leis naturais que fluem da natureza de Deus.

· DEUS E O UNIVERSO – Deus é diferente do universo, e não se revela de outra forma além da criação.

· MILAGRES – Os milagres não acontecem. Ou Deus não pode intervir na natureza, ou não quer. Alguns afirmam que, como as leis naturais são imutáveis, intervir na natureza seria uma quebra da lei estabelecida pelo próprio Deus.

· SERES HUMANOS – A humanidade foi criada por Deus e é capaz de viver alegremente no mundo. O ser humano é pessoal, racional e livre.

· ÉTICA (base) – A base da moralidade humana é a natureza. O único princípio humano inato é o desejo pela felicidade.

· O DESTINO HUMANO – Alguns deístas creem na imortalidade da alma, outros não. Aqueles que acreditam na vida pós-morte entendem que as pessoas moralmente boas serão recompensadas, e as moralmente más, punidas.

· HISTÓRIA – Em geral, a leitura deísta da história é linear e objetiva. Negam a intervenção sobrenatural de Deus na história.

 

            Historicamente, o deísmo ganhou força entre os séculos XVI e XVIII, mas declinou a partir do século XIX. Na Europa, sua força se concentrou na França e na Inglaterra, e na América ganhou terreno no final do século XVIII. O deísmo é um produto do iluminismo, baseado no racionalismo holandês e alemão.

Seus principais proponentes foram François Voltaire, Thomas Jefferson e Thomas Paine.

 

6. Deísmo limitado (finito)

 

            Pode-se afirmar que o deísmo finito é uma via média entre o teísmo e o deísmo. Assemelha-se ao teísmo por crer que Deus não apenas transcende o universo, mas também está ativo nele. Todavia, a descrença na intervenção milagrosa de Deus o coloca na esfera deísta. Geralmente essa limitação é vista no fato de Deus aparentemente ser incapaz de impedir o mal. Os principais pontos do deísmo limitado são compartilhados com o deísmo. Seus principais proponentes são John Stuart Mill, William James e Peter Bertocci.[23]

 

7. Politeísmo

 

            A palavra politeísmo é oriunda de dois vocábulos gregos: πολύς (polis [“muitos”]) e θεοϛ (Theos [“Deus”, “deuses”]). Trata-se da cosmovisão “que afirma a existência de muitos deuses finitos no mundo”.[24] Cada deus tem seu próprio domínio de atuação. Fundamentalmente, o politeísmo é uma negação do monoteísmo.

No mundo antigo, os egípcios, gregos e romanos eram povos politeístas. Atualmente, os mórmons e os neo-pagãos (wiccas) representam essa visão de mundo. Há ainda o hinduísmo, no qual “o politeísmo e panteísmo se unem, propondo a existência de um Brahman impessoal e mais de 330 milhões de manifestações pessoais da Realidade suprema impessoal”.[25]

            No ocidente o politeísmo declinou com a ascensão do teísmo filosófico de Platão e Aristóteles. Com a vitória do cristianismo, o politeísmo romano sucumbiu. Agostinho teve papel fundamental nesse processo ao escrever A cidade de Deus, texto que oferece a refutação cristã à ideia de que o declínio do império fora causado pelo abandono da religião romana tradicional e seu panteão de deuses.[26]

 

8. Henoteísmo

 

            O henoteísmo é um tipo de politeísmo que acredita haver uma hierarquia entre os muitos deuses existentes, sendo um deles, o deus supremo. Zeus era a divindade máxima entre os gregos, e Júpiter entre os romanos.

            Alguns supõem que os antigos hebreus eram henoteístas. Segundo afirmam, o próprio Deus tinha ciúmes dos demais deuses: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20.3). Entretanto, convém notar que o povo de Israel tinha uma forte inclinação à idolatria. Isso ficou evidente quando Moisés desceu do monte Sinai e viu que o povo, com consentimento de Arão, fez para si um bezerro de ouro para adorá-lo (Êx 32). O mandamento do Senhor visava proteger Israel do perigo que o cercava. Isso não quer dizer que os outros deuses eram reais. Outros afirmam que o embate entre Elias e os profetas de Baal endossa a ideia de que Iavé coexistia com Baal, sendo este inferior àquele, como ficou provado quando Iavé enviou fogo do céu a consumir o holocausto, a lenha e as pedras, além de secar a água em volta, no monte Carmelo (1 Rs 18.20-40). Mais uma vez, o episódio não favorece a ideia da existência real de Baal. O propósito de Elias ao enfrentar os 450 profetas de Baal foi ridicularizar a crença nesse deus.

            Como Ferreira e Myatt ressaltaram, “frequentemente o Antigo Testamento emprega perguntas retóricas para reduzir a noção da existência de outros deuses ao absurdo: ‘Onde estão os seus deuses?’ (Dt 32.37; Is 36.19. Jr 2.28)”.[27] Por fim, o próprio Deus diz: “antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá” (Is 43.10). Isso é o mais puro monoteísmo veterotestamentário.

 

Considerações finais

 

            As palavras de Norman Geisler em sua Teologia Sistemática são oportunas:

 

Obviamente, se o Teísmo é verdadeiro, todas as outras seis formas de não-Teísmo[28] são falsas. Deus não pode ser, por exemplo, ao mesmo tempo finito e infinito, pessoal e impessoal, estar além do universo e não estar além do universo, ser imutável e mutável, ou, ao mesmo tempo, ter capacidade de fazer milagres e não poder realiza-los.[29]

 

            Mais adiante, quando examinarmos os argumentos racionais em favor da existência de Deus, tornar-se-á claro que o teísmo é razoável, de maneira que as outras cosmovisões não poderão ser igualmente verdadeiras.

 


   [1] GEISLER, Norman L.; BOCCHINO, Peter. Fundamentos inabaláveis: respostas aos maiores questionamentos contemporâneos sobre a fé cristã: clonagem, bioética, aborto, eutanásia, macroevolução. São Paulo: Vida, 2003, p. 53.

   [2] Apud, ibid., p. 54.

   [3] Ibid. Cf. tb. GEISLER, Norman. Teologia Sistemática I: Introdução à Teologia. A Bíblia. Deus. A criação. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 16-17.

   [4] GEISLER, 2010, p. 17.

   [5] Ibid., p. 16.

   [6] Ibid., p. 16.

   [7] GEISLER; BOCCHINO, 2003, p. 58.

   [8] GEISLER, 2010, p. 16.

[9] GEISLER; BOCCHINO, 2003, pp. 58-59.

[10] Ibid., p. 57.

   [11] O ateu intelectual difere do ateu prático. Enquanto este não é religioso, vivendo como se Deus não existisse, aquele busca basear racionalmente sua negação da existência de Deus.

   [12] Do latim: literalmente, “semente da religião”.

   [13] BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 3. ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2007, p. 21.

   [14] GEISLER; BOCCHINO, 2003, p. 57.

   [15] GEISLER, Norman. Enciclopédia de apologética: respostas aos críticos da fé cristã. São Paulo: Vida, 2002, p. 83.

  [16] GEISLER, 2010, p. 16.

   [17] Ibid., p. 17.

   [18] GEISLER, 2002, p. 682.

   [19] Segundo o panenteísmo, além do universo físico real, o potencial eterno e infinito de Deus é outra coluna de sustentação (GEISLER, 2010, p. 17). Assim, Deus tem dois polos. Ele é mutável, finito e temporal em seu polo real, e imutável e eterno em seu polo potencial.

   [20] GEISLER, 2002, p. 682.

   [21] Ibid.

   [22] GEISLER, 2010, p. 17.

   [23] GEISLER, 2010, p. 17.

   [24] GEISLER, 2002, p. 707.

   [25] Ibid.

   [26] Ibid.

   [27] FERREIRA, Franklin; MYATT, Alan. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 2007, p. 174.

   [28] Geisler considera o henoteísmo dentro da cosmovisão politeísta, tratando-as como uma única visão de mundo.

   [29] GEISLER, 2010, p. 17.